quinta-feira, 29 de novembro de 2007

A menina da rosa

A menina da rosa andava calmamente pelas ruas vazias, sem saber para onde ir. Chegou a ponto de pensar em terminar com tudo, com ela mesma, o que seria uma injustiça.

A cada passo sentia mais dor e solidão. Era isso, sozinha no mundo onde as pessoas são frias e egoístas. Ela sabia o que estava sentindo e nada e nem ninguém iria mudar isso. Era como se alguma coisa a consumisse a cada segundo, sufocando-a ainda mais. Já não tinha mais ar.

Resolveu ficar ali parada, estrategicamente escondida para vê-lo pela última vez. Ele como sempre com um olhar profundo e misterioso devolveu o ar que ela tanto precisava. Mesmo de longe ele dava vida a ela. Era só o que ela queria, viver. Mas, ele não pensava assim, nem mesmo sonhava com isso. Ele só queria ficar só, mas não como ela estava, e sim como ele queria.

De repente, ele com seu jeito sério e distraído passou por ela e nem ao menos se deu o trabalho de dizer um “Oi”. Para ele o fim era o fim e ponto, mas para ela, o fim poderia ser um começo.

Foi então que, no auge da emoção ela saiu correndo atrás dele e lhe deu um último beijo de adeus.

Ele meio confuso não estava entendendo muito bem aquela situação, foi quando ele olhou no fundo dos olhos da menina da rosa e se lembrou de tudo que passaram juntos e a abraçou profundamente.

Mas isso não bastava. Ela queria mais e ele menos. Foi então que, ela decidiu cometer a pior fraqueza que um ser humano pode fazer....

E se foi, para nunca mais voltar.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Eu ando...


Eu ando na ponta dos pés para não sentir a dor.

A dor que é viver, amar, chorar....

Eu canso de viver na ponta dos pés.

Eu flutuo em sentimentos e emoções, só para não morrer vazia.

Eu viajo nos pensamentos para me sentir forte,

Mas, forte são os sentimentos dentro de mim.

Eu ando na ponta dos pés para ser (in)feliz.